domingo, 16 de janeiro de 2011

Sorry, dude, I'm late.

Vamos limpar a poeira, abrir as cortinas, atualizar essas besteiras todas e fingir que não fugi para casar com o Romeu - não que eu tenha feito isso, mas seria bem legal correr de mãos dadas por aí com algum gatinho enquanto Deus (ou o que quer que esteja cuidando das nossas vidas) coloca Check Yes Juliet para tocar. Aleatoriedades à parte, seria legal da minha parte dizer o que rolou comigo desde... quando foi a última vez que eu passei aqui? Foi em Novembro, acho, com um post igual a esse mais ou menos, não foi? Quero dizer, falando sobre as últimas notícias e tudo o mais. Dane-se, de qualquer forma. Estamos em 2011 e minha vida, bem, continua a mesma.
Sabe esse desastre todo da região serrana do Rio de Janeiro? Adivinhem quem estava lá! Não que tenha me acontecido nada mais grave do que ficar sem computador por pouco mais de uma semana, mas não deixa de ser muito, muito triste ver toda aquela destruição (e lama ferrando com o seu All Star!) e gente perdendo tudo. Também teve um drama por causa da falta de telefones funcionando enquanto minha família e amigos tentavam nos ligar desesperados porque um homem com o nome e sobrenome do meu pai morreu soterrado com a mulher e os dois filhos - sendo um deles uma adolescente. Tirando essa confusão toda, li muitos livros nessas férias. Tá, eu sei que li mais nas férias passadas mas eu estava (parcialmente) ocupada com um fórum de RPG. Não os jogos, mas aquela parada de interpretar um personagem e... ah, sinto muito. A preguiça fala mais alto. Embora eu tenha começado a jogar alguns como Perfect World, Ragnarok e Florensia, que são bem legais.
O parágrafo estava muito grande. Como é que minha professora de redação costuma falar? Ah, sim: o tijolão. Eu, como futura escritora, tenho que prestar mais atenção nessas coisas, mas a conversa estava tão agradável que eu fui falando sem parar para respirar. Aliás, eu faço isso mesmo pessoalmente: falo tudo de uma vez, emendando com várias outras coisas, sem parar para respirar e duzentas vezes mais rápido que uma pessoa normal. Não que eu seja uma pessoa normal, mas mesmo assim é estranho falar sem dicção nenhuma e coisa e tal quando se faz teatro. Já falei que um dia farei Julieta Capuleto em uma peça? É uma promessa - falando nisso, meu vício por Romeu e Julieta voltou após eu ler "Julieta" de Anne Fortier. Não é um livro bom, caro leitor, é um livro muito bom mesmo. Para você ter uma ideia, eu li em uma madrugada porque não conseguia deitar e fechar os olhos, cada minuto que passava era uma tortura, eu precisava continuar a ler e blá, blá, blá. Alerta tijolão.
Também voltei a viciar em Desventuras em Série, mas as únicas pessoas que conheço que gostam já não se lembram de nada. O que mais me chama atenção nos livros é o amor do Lemony pela Beatrice. Cara, o que são aquelas dedicatórias?! Cara alma gêmea minha, se estiver lendo isso, favor escrever algo tão puro e lindo quanto aquilo. Tá, são tristes sim, mas... ah, eu amo o Lemony. O negócio da vez mesmo é Romeu e Julieta, quase explodi em corações coloridos quando uma amiga minha disse que um quadro da Julieta era a minha cara - até porque as pessoas geralmente dizem que eu sou a cara da Mona Lisa, que mesmo sendo um quadro que eu amo e acho lindo... gente, aquela mulher é feia demais. [Favor inserir risos.] Para ser bem sincera, não sei muito bem o que escrever aqui. Ando tão, tão sem inspiração que poderia me matar. Tá, eu não faria isso. Enfim. Bloqueio criativo é um cocô, eu o detesto e infelizmente tenho um agarrado a mim da mesma forma que um anão cheio de pus (também conhecido como espinha) se agarrou ao meu nariz. E testa. E queixo. E bochecha. Tudo bem, meu irmão está certo em me chamar de "espinhuda" (?), mas a culpa é do meu pai por ter me dado essa pele oleosa e do criador da Nutella, seja lá quem for esse santo.
Ainda tem outras coisas que aconteceram e que eu sei que eu deveria falar sobre, mas Morfeus bate à minha porta e grita meu nome histericamente. Opa. Pausa: qualquer erro de português, gramática e o diabo a quatro não é culpa do sono, mas da ausência de aulas de língua portuguesa. Aliás, ando com aquela saudade maldita da escola. O que é uma merda, porque a felicidade dura apenas uma semana, depois de sete dias os professores começam a dar matéria de verdade e aí eu quero gritar e me jogar da janela. Será que é por isso que há barras de ferro nas janelas das salas de aula da minha escola? Eu estava falando sobre isso com a Morg outro dia. Estou com saudades dela. Também sinto falta da Nanne e da Saki, mas eu já venho planejando um post só para elas. O problema mesmo é criar forças para escrever. Enfim. Alerta tijolão? Não, ainda tenho mais umas duas linhas. Enfim. Enfim. Enfim. Enfim. Estou com preguiça de falar mais, apesar de ainda ter, tipo, muita coisa.
Ah, alguém mais percebeu que o blog anda mudando? Quero dizer, no sentido dos posts. Enfim. Paro por aqui, beleza? Volto outro dia, prometo que o mais cedo possível. Ou não. Câmbio e desligo, coisinhas. Beijos.
E me sinto culpada por não falar do resto. [Insira mais risos.]

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Chat Pub

Aconteceu muita coisa desde a última vez que apareci por aqui. As Coreias estão em uma situação para lá de tensa, o Rio de Janeiro praticamente entrou em guerra, minhas notas na escola - mais vermelhas que minhas unhas - me deixaram de Prova Final, viajei para São Paulo e fiz umas comprinhas legais apesar de não ter conseguido ver uma das minhas melhores amigas pessoalmente, comecei a ler um novo livro, viciei-me em angeologia e demonologia e a tintura do meu cabelo desbotou. Fico pensando se não deveria escrever sobre alguma dessas coisas por aqui.
Porém as Coreias e o Rio não abordam nada do que já escrevi por aqui e minha vontade de inovar esse blog depressivo é nula. Escrever sobre meus problemas de notas na escola? Sinto muito, estou tentando esquecê-los - até porque tenho mais vergonha das minhas notas em química e em matemática do que de todos os micos que já paguei. Angeologia e Demonologia? Existem sites para isso, poxa, não me façam escrever tudo aqui. [Peçam os links, se quiserem!] E é claro, escrever sobre não ter conseguido ver a Nanne me deixará triste e acredito eu que ninguém quer ler sobre como meu cabelo ficou estranho com a tinta desbotada.
Então, será que posso ser aleatória como normalmente? Acho que quem me segue por aqui sabe que costumo ser assim meio sem assunto e avoada. Será que é por isso que na minha camiseta da escola escreveram tanto para eu ter juízo? Eu até me senti meio mal por deixar meus amigos preocupados com essa minha distração toda, na verdade. Mas prometi para todos eles que eu ia me cuidar, não dá para viver no mundo da lua vinte e quatro horas por dia por mais que me seja tentador. [Eu gostumava deixar para viajar durante as aulas, mas vocês já sabem no que deu!]
Esqueci de dizer que comprei um caderno do Livro da Tribo! Tudo bem, na verdade minha mãe comprou para mim. Eu nunca tinha ouvido falar desse tal Livro da Tribo, foi meu professor de Português quem me deu uma luz. Na verdade, eu - minha mãe - tinha comprado apenas por causa das páginas, em cada uma delas há uma frase de um poeta ou escritor, então achei a minha cara. Passei a usá-lo como um caderno literário ou algo assim, tem até mesmo um poema meu lá. Quem me conhece sabe que eu tenho pavor de escrever poemas porque todos ficam uma droga, mas mesmo assim três pessoas disseram que ficou muito bom. Na verdade, apesar de negar, eu adoro elogios. Acho que todas as pessoas gostam de serem elogiadas. Fiquei feliz mesmo, são coisas bobinhas assim que fazem o dia parecer melhor.
Comecei a ler um livro do qual nunca tinha ouvido falar também. "A Mão Esquerda de Deus", mas acreditem se quiserem, ainda estou na página 104. Não é que seja chato, nem nada, mas eu estava ocupada vendo os DVDs de animes que comprei lá na Liberdade em São Paulo. Tem Kuroshitsuji II e Final Fantasy VII, o de Final Fantasy eu já tinha visto, mas desde Domingo revi Kuroshitsuji II umas três vezes.
Notem, por favor, o quanto a autora do blog está sem assunto. Sendo bem sincera, estou é tirando a poeira do blog. Quando foi a última vez que eu postei alguma coisa aqui? Um segundo, vou abrir uma outra janela e olhar. Dia 05 de Novembro. Enfim. Ah, não sei mais o que falar. Agora eu estou no Twitter sem ter o que fazer e sentindo o cheiro bom de comida que está vindo da cozinha, acho que estou ficando com fome apesar de ainda ser onze da manhã. Vou lar conseguir umas batatas fritas e desculpe se alguém por aí ficou na vontade.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

What if...?


I'm not good with words, sorry.

"Livros e solidão: eis o meu elemento."
Sou obrigada a concordar com Benjamin Franklin, claro. Sinto-me deveras orgulhosa de me identificar com aqueles homens considerados gênios e coisas do tipo, embora eu e Franklin só tenhamos em comum essa mesma ideia dos livros - minha relação com a eletricidade se resume a acender a luz ou a ligar algum aparelho.
Porém, em minha vaga interpretação, acredito ter mais em comum com ele do que pensava. Quero dizer: livros e solidão, solidão e livros. Não é isso que eu tenho sido desde... sempre? Por mais que seja para mim impossível estar sozinha em meio aos livros? Desculpe-me, caro leitor, mas tenho o estranho costume de me tornar íntima das personagens sobre as quais leio. É excêntrico, mas funciona para mim. Amo cada amigo meu como se ele fosse único, mas aquele contentamento de abrir um livro, virar suas págimas e deixar o autor lhe pegar pela mão e apresentá-lo a qualquer coisa que ele queira é tão, tão especial quanto um abraço apertado em uma segunda-feira tediosa.
Gosto de pensar que para cada livro que leio, faço um novo amigo. Porque, para tímidas leitoras vorazes como eu, talvez seja essa a sensação. Você não o conhece e há certa relutância, mas sabe que precisa dizer 'olá'. Aos poucos - para alguns durante umas semanas ou meses e para outros um dia ou dois - se ganha intimidade e certo apego, começa uma amizadezinha que através daquele diálogo entre livro e leitor torna-se um relacionamento profundo. Cada livros que lemos, nos marca, basta que você dê a chance. Cada livro pode se tornar um amigo, basta querê-lo.
Eu também poderia dizer que ler um livro é como beijar. Um olhar, uma química, uns batimentos cardíacos. Será que você consegue me descrever um beijo? Não um beijo que é só mais um entre tantos, isso qualquer um faz. Será que você consegue me descrever um beijo de verdade, daqueles de filmes? Com tanto sentimento que até parece exagerado? Não que realmente seja tão exagerado assim, quem já passou por isso sabe. É uma sensação que não se descreve, óbvio. Se conhece.
Acho que entregar-se a um livro é como beijar uma pessoa que você ama: é algo só entre vocês, que não se explica não por falta de palavras, mas porque existem coisas que não precisam delas. Não é pelo olhar que se vê a alma? Não é pelo sorriso? Não se descreve a sensação de ter um livro nas mãos, cabeça ou alma, se tem e ponto.
Talvez eu não esteja falando coisa com coisa. Não seria a primeira vez, é claro e não será a última, posso garantir. Acho que não consigo explicar. É mais que fazer um amigo para toda uma vida, é mais que um beijo cheio de amor, é mais do que muita coisa que se vê por aí. Às vezes acho que ler um livro é mergulhar no fundo de mim mesma e me deixar afogar.
Não. Não. Não! Passei linhas e linhas dizendo que não se descreve a sensação de ler e cá estou, forçando-me a descrevê-la. É tão especial quanto enrolar-se em um cobertor e ouvir a chuva lá fora ou ficar entre os amigos só falando besteira. Entendo, porém, que nem todos compartilham dessa obsessão literária e até me sinto meio boba, falando dessas coisas para quem talvez nem queira ouvir. Acho que é normal me chamarem de louca, então. Eu até que gosto de monólogos mesmo!
Como foi que Clarice Lispector disse uma vez? "Ter loucura sem ser doida", ou algo do gênero. Talvez seja isso, então: entrar em um livro é loucura. Mas quem disse que isso é ruim?
Uma ou mil possibilidades e um beco sem saída: eis uma porca definição!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Who else could bleed for more than three days and not die?

Gosto de pensar que posso fazer qualquer coisa. Não tipo a Mulher Maravilha, mas às vezes, só algumas vezinhas é legal a gente inflar esse pouco ego - e por 'a gente', refiro-me àquelas que como eu, tem uma auto-estima tão baixa quanto a altura.
É ótimo, posso dizer com certeza de quem na verdade nem sabe muito bem o que está falando, mas tenta de qualquer jeito. É bom andar na rua com pose de modelo, falar com jeito de quem tem plena confiança em sua língua, olhar para seus próprios pés para examinar os sapatos e não para desviar o olhar do de alguém, agir como aquelas garotas que se vê nos livros da Meg Cabot, em séries de TV, em filmes, em shows. Na verdade, o legal mesmo é não ter aquele medinho, aquela vergonhazinha boba de fazer papel de ridícula, sabem? Eu gosto de ser ridícula. Às vezes eu acho que é bom dar uns tapas na sociedade e ser você, porque há uns anos atrás, aquela menina tímida e recatada e chorona me dominava. Agora? Ah, agora eu quero é ser boba mesmo, daquele jeito feliz e não ingênuo, quero dizer: quero cometer umas loucuras.
Só para poder falar para mim mesma: "Viu, A.? Se você fez isso agora, você pode fazer qualquer coisa. Por que essa paranoia?" O legal mesmo, não é ficar de ego inflado, é provar para si mesma que dá para fazer sim alguma coisa sem medo de levar uma tomatada.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

My friends are made of ink

Acho que nunca falei o quanto gosto dos livros, o que me parece quase um pecado mortal, já que eu tantas vezes falo que quero ser escritora. Sei que tem muita gente que detesta ler, detesta mesmo; o tipo de gente que só leu um ou dois livros na vida e nem se lembra da história. Por causa disso, muitas vezes eu costumava sentir muito, muito orgulho mesmo por ler tantos livros. Por... gostar de ler.
Ainda sinto. Sinto tanto orgulho de cada palavra que li na vida que até deixo me chamarem de metida. Não faz mal, talvez ler seja a única coisa que eu faço direito, já que o Tom disse que meu macarrão parece aqueles elásticos para tirar sangue [pausa: Eu já disse o quanto eu odeio tirar sangue?!]. Gosto de ler. Gosto muito, muito, muito de ler.
É o jeito que eu encontrei de fugir da realidade. Pense o que quiser, sei que não sou alienada. Pelo menos, não muito. É só que... são tantos problemas. Não me importa se são problemas de adolescente, que são mais drama e exagero do que de fato uma complicação, problemas são problemas e enquanto eu não arranjo uma solução, fujo deles como o diabo foge da cruz. Pode me chamar de covarde, devo ser mesmo.
Sabem a Elinor da série Mundo de Tinta? Bom, eu sei como ela se sente em relação a tudo, se o Stephen King não for o meu futuro, provavelmente ela o será - mesmo que eu não tenha nem um décimo do talento do King, claro. Talvez por culpa do Bullying que eu sofria na escola eu tenha ficado desse jeito, com medo de amizades e tudo o mais, sempre preferi a companhia de um livro.
Tá, tá, tá, eu amo meus amigos. Muito. Perguntem a eles, com certeza todos confirmam que eu sou uma chata carinhosa demais ou qualquer coisa assim, mas meu amor pelos livros é... É quase obsessivo. Incondicional na verdade. É meu sinal de fogo, meu porto seguro. Uma alavanca de escape.
E eu sou feliz assim, sabe? Quero dizer, lendo pelo menos três ou quatro livros por semana, pesquisando, escrevendo, discutindo com outros leitores viciados, quase amputando a mão por causa da tendinite. Gosto disso, tenho orgulho.
Então, eu já disse que quero ser escritora?

domingo, 26 de setembro de 2010

I'm not afraid to love

Eu já concordava com o Bob Esponja em várias coisas: Imaginação resolve tudo, brincar com os amigos é incrivelmente divertido, fazer bolha de sabão é mágico, hambúrguer está entre as melhores coisas do mundo, seu animalzinho de estimação é parte da sua família. Só que... essa frase, uau, Bob, você se superou. Como eu podia não gostar de você quando era criança? Se bem que eu era tão problemática, né? Não faz mal, hoje eu adoro você, Bob. Sério. Você tem razão: Amar é confiar, não é? O Cupido bem disse que não há amor sem confiança. Ele disse.