quinta-feira, 22 de julho de 2010

Stop crying your heart out

[Você olha para os lados e chama por alguém. Você grita e grita e chora e chora e não há ninguém. Você grita por socorro, você chora lembranças, sussurra nomes, estende os braços e cai e cai e cai. Porém ninguém vem, ninguém te ouve, só o silêncio e os medos. Então, você entende que está sozinha e um peso te joga de joelhos no chão, quando você olha para cima, não existem mãos te levantando. Há o nada e há o medo. Você grita de novo e a solidão te agarra e te mata aos poucos.]
Então você olha em volta e se vê sozinha. O mundo nunca lhe pareceu tão grande, não é?

sábado, 17 de julho de 2010

Can You Hug The Tangerine? Yes, I can.

Obrigada, Morg, era...Era tudo o que eu andava precisando ouvir, entende? Era de tudo o que andava precisando, um motivo para chorar de alegria, um motivo para me sentir bem e segura em relação à uma amizade só por uns segundos, sabe? Então, obrigada. Por ser minha amiga, por ter ficado do meu lado sem saber que eu estava precisando. Eu amo você, Morg. Seremos amigas para sempre, não? E iremos pegar nossas mochilas preferidas, um conversível roubado e iremos conhecer todo o Brasil. Como naqueles filmes, não é? E depois iremos para Cuba e ninguém - ninguém mesmo! - vai nos segurar! Deixaremos Dionísio orgulhoso e Hermes enlouquecido...E depois escreveremos as melhores histórias, óbviamente! Obrigada, Morg, por me fazer confiar tanto em você. E nada, nada vai acabar com os meus sonhos infantis, não é? Nós faremos isso tudo, não é? Obrigada, Morg. Por ser minha amiga.

O msn bobão não salvou a mensagem que você mandou, se não eu colava aqui e pronto.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

I understand, you really hate that bitch. Now, shut up and kiss me.

Ele entrou chutando a porta, jogou a jaqueta de couro no sofá, resmungou alguma coisa muito, muito feia sobre o mundo e simplesmente se deitou com a cabeça no colo dela. Foi isso, não lhe dera sequer um 'oi', nem a olhara nos olhos. Se não fosse sexta-feira e ela não estivesse muito feliz porque Amanda viria perturbá-la de novo dali à algumas horas, teria chutado o deus para o chão para que uma de suas gatas o comesse vivo.
"Oi, Ares." - O deus da guerra lhe respondeu com algo entre um rosnado e um resmungo. Ela se esforçou para sorrir. - "Deixe-me adivinhar. Afrodite?"
Ares olhou-a com as íris vermelhas como sangue. Fez que sim com a cabeça e se virou, o nariz roçando na barriga da garota. Ele pode sentir o cheiro da pele morena dela, por um segundo, se acalmou quando ela prendeu a respiração.
"Detesto aquela mulher."
"Faz muito bem, ela não presta. Ninguém que goste tanto de rosa pode ser boa de coração." - As mãos dela passeavam pelo cabelo negro dele sem percerber, o homem capaz de edxplodir um dragão com os olhos que entrara em sua casa agora parecia mais um daqueles cães enormes, mas bem mansinhos. Ela conteve um risinho, mas ele sequer percebeu, olhando nos olhos dela.
"Queria poder largá-la de uma vez para que se vire com Hefesto, não aguento mais tanta neurose."
"Relaxa." - Os dedos dela passaram para a bochecha dele. - "Um dia você acha alguém que vale a pena."
Então, uma luz se acendeu na cabeça do deus e ele se sentou em um salto, aliás, era meio bizarro um homem daquele tamanho ser tão ágil. Quando se tratava de velocidade, ela preferia imaginá-lo como um rinoceronte, não como um gato. [Mesmo que ele fosse, quero dizer, um gato.]
"Quê?" - Ela disse. - "Tem formiga no meu sofá?"
"É você!"
"Eu sou uma formiga?" - Perguntou rindo, até ter o rosto puxado até alguns centímetros do rosto cheio de cicatrizes dele. Prendeu a respiração. Ficou vermelha como os olhos dele.
"Não." - Ele revirou os olhos. - "É de você que eu estou precisando."
E ele a beijou como nunca beijou ou beijaria Afrodite, porque ele andava precisando de uma garota como ela, que fosse diferente de todas, mas que não fosse diferente dele. Uma garota para ele amar de verdade, só para variar.

I'm sorry for protecting you.

"Raiza, espera." - Hermes sussurrou e sua voz era tão delicada quanto seu toque no pulso da garota e quase tão triste quanto o canto de Orfeu, tivesse ele sabido que ela nunca fora e nunca seria como as outras meninas de sua idade. Ao menos, ainda havia tempo para consertar um erro que aos olhos de um deus era tão bobo quanto seus sorrisos para ela, mas ao mesmo tempo tão grave, tão terrível aos olhos dela, que era humana. - "Por favor, não vá."
"Por quê?" - Resmungou ela, soltando-se do aperto leve e recolhendo o pulso junto ao peito. - "Vai querer me levar para casa também? Me acompanhar para todos os lugares? Ah, não, espera... - Olhou-o irritada, Hermes quase via faíscas em seus olhos escuros. - ...Você já faz isso! E quer saber, Hermes? Eu estou cansada disso tudo, de ser tratada como criança. Vá embora e nunca mais..."
Porém, Raiza nunca conseguiu completar o que ia dizer, vendo-o tão abatido e tão, tão, tão triste quanto...Bom, quanto ela. Então soltou os sapatos na grama molhada, cruzou os braços na altura do peito, respirou fundo e franziu o cenho, da mesma forma que fizera quando se conheceram. Ele piscou, desviou o olhar, abriu a boca e nada disse por segundos. Suspirou uma, duas, três vezes enquanto ela revirava os olhos.
"E então?"
"Desculpe. Sei que exagero, que a irrito e que sou ridículo com toda essa minha obsessão por acompanhá-la, mas, Raiza, tente entender que o mundo já não é como era quando eu era jovem, tudo é tão perigoso e... - Ela abriu a boca para protestar, mas o indicador dele tocou seus lábios por um segundo, silenciando-a. - E eu não posso estar em todos os lugares ao mesmo tempo, tenho medo de perdê-la para um dos ladrões que protejo ou para Tánatos. Entende? Eu a amo."
Um minuto se passou, talvez dois. Eles não piscaram e continuaram se encarando, ecanrando, encarando sérios e tristes. Então Hermes viu algo nos olhos dela e abriu os braços no exato momento em que ela o abraçava tão forte como Héracles nunca seria.
"Pelos deuses, eu o amo!" - Disse e os dedos dele corriam por seu cabelo, sempre muito delicados quando ele deu uma risadinha satisfeita. - "E então, Hermes?"
"O quê?"
"Vai me levar para casa?"
Ele beijou sua testa.
"Sempre que desejar."

domingo, 11 de julho de 2010

The little hearts saved my life

Eu levei muita bronca, mas foi divertido ficar recortando coração, foi engraçado pedir uma folha de caderno para cada pessoa, foi legal pedir canetinhas emprestadas e foi quase gratificante ter companhia só dessa vez. E nos intervalos das aulas, eu coloria, eu recortava e...Sei lá, eu me senti bem como não me sentia fazia um tempão. Maré de azar acaba com qualquer um, mas sempré dá para dar um jeito, eu acabei descontando a raiva nos corações que ficaram tão bem coloridos que eu me enchi de orgulho de uma coisinha de nada, que criança faz com facilidade. Mas, sério, eu realmente me senti bem, mesmo que eu não saiba explicar.
Talvez tenha sido porque achei que por um ou dois segundos, recuperei uma amiga perdida por culpa do tempo, uma amiga que era só uma conhecida por vários anos e talvez porque ouvi elogios depois de passar um bom tempo só sendo criticada ou então, talvez porque lembrei-me da época em que eu era criança e os problemas eram resolvidos pela mamãe e pelo papai. Não sei, não sei. Eu só...Me senti aliviada, a vontade de chorar, de gritar, de matar alguém parecia ir embora, eu esquecia que tinha que me salvar, que dar um jeito. Colorir me parecia bem mais importante.
É só que...Não é que tenha sido legal, divertido, engraçado ou gratificante, foi...Foi mágico. Então, que meus problemas encontrem atenção no inferno que eu tenho trabalho de jardim de infância para fazer, com licença, a rainha do drama pede passagem.
[EU DISSE QUE IA REESCREVER!]

domingo, 4 de julho de 2010

God, tell me the truth.

"You were a big fish in a small pond, but this here is the ocean and you're drowning."
Por algum motivo, sempre que leio essa frase sinto meu coração falhar uma batida e um arrepio subir por minha coluna, alojando-se atrás da minha orelha. Ainda hoje, leio, leio, leio e sinto-me desconfiada. Alguém lá em cima está querendo me dizer alguma coisa.

sábado, 3 de julho de 2010

Look, dear, for the sky.

Você já parou para olhar o céu? Aliás, mais do que isso, você gosta de azul? Eu adoro azul, não é - ainda - minha cor preferida, embora um dia já tenha sido. Estou sempre mudando, na verdade. Sabe quantas cores favotitas, amadas, idolatradas, eu já tive? Nossa, incontáveis. Mas, o azul, que não deveria ser nada mais que a cor do céu, sempre - e quando eu falo sempre, é sempre mesmo! - esteve ali. Quero dizer, mesmo não estando em primeiro lugar, esteve sempre na lista. Sei lá, azul é meio mágico, né, não? Deve ser porque é a cor do céu, meio divino e mesmo sendo azul a cor que deveria me trazer o mínimo de paz interior, só consigo...Bom, gritar e pular e ter ataques. Porque, cara, é azul. E azul é azul e portanto, é azul e que se dane se eu não estou fazendo o menor sentido. Espera um dia bonito...Quero dizer, não um dia bonito, porque isso, todos os dias são. Espera dar um dia especial, sem nuvens no céu. [Branco é legal, mas engorda.]
E aí, sei lá, se pendura na janela, fica parado no meio da rua, mas olha para o céu. Só faz isso. E aí você vai entender do que estou falando, dessa mágica meio bizarra. Aliás, olha o céu e faz um esforço para entender o porquê de eu gostar tanto, tanto, tanto de azul. Mesmo que, bom, o azul não deve ser muito meu fã. Ninguém é fã de uma fã, ainda mais uma fã histérica. Mas quem se importa? Estou te dizendo. É azul. E é o que importa, afinal.

[Acho que nunca, nunquinha mesmo, escrevi um texto com tanta mensagem subliminar. Sério. Só achei que ia ficar mais legal se fosse para ler nas entrelinhas. Na verdade, a ideia veio de um comentário dele, sabe? 'Dele', quem? Ah, é. Do Azul, oras!
PS: Lembra da dica para olhar o céu? Era uma mensagem subliminar, mas leva ela a sério. Um dia, só pare para olhar o céu. É legal.
PS²: Agora, outra dica da tia. Se você gosta de fanfics, corre para o Fanfiction.net e digita 'Aoi Koufuku'. Só uma dica de uma fã.]