quarta-feira, 31 de março de 2010

Musketeers


A culpa é toda da Saki Miyazawa Morgan e da Sunrise porque se elas não tivessem postado algo tão lindo quanto aquele posts sobre nós, eu não estaria aqui, escrevendo isso vergonhosamente, tentando reparar aquele meu outro post, todo frio e distante, como se eu fosse uma rainha do gelo e não a Schneewittchen dos contos de fadas.
A verdade é que em um tempinho bem 'inho' mesmo, elas se tornaram uma parte importantona bem 'ona' da minha vidinha nem tão 'inha'. Tem vezes em que eu prefiro ficar com meu traseiro grudado na cadeira, conversando com elas do que ir à algum lugar e outras em que eu simplesmente fico irritadíssima porque elas ainda não entraram naquela droga do msn, mesmo que sem ele nós não nos conhecessemos.
Se bem que a culpa é mais de Hetalia e do Fanfiction. A culpa é toda deles e nós muitas vezes os xingamos por conspirarem, mas lá no fundo, bem no fundo mesmo, quase no porão da alma, nós agradecemos. Agradecemos pela chance de poder nos conhecer e contar uma com as outras quando o mundo se vira contra nós. Ou contra mim. Quem se importa? Elas estão ali para eu poder me apoiar e pular em um pé só. E eu estarei por elas, nem que eu tenha que arrastá-la pelos pés até só Deus sabe onde. O importante é que a gente chegue juntas e com todos os membros do corpo.
Por isso, eu não vou ficar aqui enrolando. Não dá para fingir, não é possível colocar tudo em palavras, ainda mais em um post de blog. Para a gente dizer tudo sobre essa ligação bizarra, a gente tem que escrever uma Bíblia inteira e tornar o nosso Bad Friends Trio em uma seita. Para todo mundo aprender a ser fofo e amiguinho que nem o Tobi e o Dodó de 'O Cão e a Raposa'. Pois é, garotas, se nós dominassemos o mundo, não teria tanta guerra.
Ou será que iríamos ferrar com tudo de vez?
Vai saber?
Amo vocês, suas bobonas.
Considerem-se mordidas.

Mädchen

Me perguntaram se eu gostaria de ter um pedido realizado por uma estrela. Acho que não, porque se você pensar comigo, sou uma princesa à lá conto de fadas de Hollywood, daquelas que vivem mais uma comédia do que um romance. Ou talvez, eu seja a amiga da princesa, daquelas que se veste de mosqueteira e ajuda a princesa a achar o seu príncipe, mesmo que tendo um pouquinho só de inveja. - Aí é quando eu visto meu manto escuro de bruxa.
Por isso, eu não vou me ajoelhar para o céu e pedir para uma estrela me ajudar. Estrelas não são nada de mais e estão muito, muito longe, então faço meu pedido à uma fada. Daquelas bonitinhas que vivem em flores e peço para que ela realize um único pedido, de resto, eu me viro, corro atrás histéricamente com os braços jogados para o alto.
Eu só queria que nesse ano, só nesse ano, eu fosse um pouquinho menos neurótica com tudo e nada. Que eu tivesse mais tempo para sentar, respirar fundo e sorrir para alguém. Qualquer um, sabe? E poder receber o sorriso de volta, um sorriso tão forte que pudesse chegar aos olhos de todo mundo. Eu queria receber mais sorrisos e não risadas, eu queria que soubessem que eu estou ali, para o que der e vier. Como sempre estive.
Então, dona Fada, eu peço isso com todo o carinho, aqui, olhando com cômica devoção para sua flor imaginária, um sorriso bem bonito. É bem isso o que eu quero, um sorriso para os olhos e não para a boca. De resto, eu me viro. Sempre dar para pegar um táxi e correr atrás do prejuízo.

Für alle Zukunft


Ás vezes me pego pensando em como estarei daqui à alguns anos. Quero dizer, quando criança eu não pensava muito nessas coisas, por mais que cismasse que minha filha seria loira dos olhos azuis ou boazuda que nem a Barbie. Hoje, eu já fico me imaginando com um belo emprego, aquele com o qual sempre sonhei ou com quem estarei parecendo. Com minha mãe? Com meu pai? Terei finalmente meu próprio estilo? E como estarão meus valores? O tempo sempre vem e tenho medo de acabar mudando mais do que o necessário.
Queria poder voltar só um pouquinho no tempo para poder comparar, saber no que mudei e onde cresci. Sabe? Nunca bateu uma saudade daqueles tempos de criança? Eu sinto falta, muitas vezes sento, suspiro e fico remoendo a saudade.
Saudade de poder acreditar em contos de fadas e não ter o coração partido, de pisar em poças d'água e não ter um ataque porque sujou a porcaria daquele jeans caríssimo, de poder saltitar sem ser chamada de louca, de não se preocupar com aquela espinha ridícula, em como está o cabelo, se aquele garoto está a fim ou não, se as notas vão de mal à pior ou se preocupar em ser feliz. Ou com o futuro.
Ás vezes sinto falta de me sentir muito, muito feliz naquele momento por um motivo que hoje me parece bobo. Não é bom ter sido criança? Aquela ingenuidade não era boa? Não era bom poder ser só você e ponto? Sei lá, queria poder correr pela rua gritando:
"VOCÊ NÃO ME PEGA, VOCÊ NÃO ME PEGA!"
Hoje, só posso correr na rua se for para atravessar, mas eu juro que me esforço, me esforço mesmo. Ás vezes, imagino que estou brincando de pique-e-pega. E meu adversário é o tempo.

domingo, 28 de março de 2010

Meme musical - Google Tradutor

Meme: Quebre a cara e nunca mais mande o Google traduzir seus trabalhos de escola! 8D

1 - Escolha uma música qualquer do seu computador (como nosso idioma é o português, o resultado é mais legal se escolhermos uma música nesse idioma)
2 - Procure as quatro primeiras estrofes da música (ou o refrão) na Internet
3 - Vá para o tradutor do Google e traduza a letra para o alemão
4 - Pegue a letra em alemão e traduza para o crioulo haitiano
5 - Pegue a letra em haitiano e traduza para o japonês
6 - Pegue a letra em japonês e traduza para o português
7 - Poste a nova letra da música em português, e em seguida a original.

Esse é o resultado escabroso:

“Por favor, olhe este homem estranho que
Parece que o espaço
O corpo é a encarnação de Deus
Viaja cada bloco
Trata-se de medidas obrigatórias já estão
Mostramos coração
Eles não compartilham.”

Essa é a música original:

Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém.
(Cara Estranho - Los Hermanos)

Não, ninguém deve conhecer essa música.
E como já disse minha amada Lituânia: “Ah, Google Tradutor. Sempre tão eficiente!

[Nota da Saki: Eu conheço, conta? -qq]

Land


Sei lá, gosto delas. Dizem que não é possível ter uma boa amizade ou sequer uma amizade com quem não se conhece pessoalmente. Sinceramente, isso é ridículo. Porque elas são minhas amigas, realmente acho isso. Gosto de nossas conversas, daquela compreensão que temos em relação à muitas coisas, das piadas internas, das risadas e dos surtos, do consolo, dos comentários, das fanfics, dos personagens, do amor por alguém, da amizade entre nós.
E quando eu me sinto mal, é estranho porque elas sempre fazem alguma coisa - mesmo que inocentemente - que me ajuda bastante. Que me faz sorrir como uma bocó para a tela do computador. Acho que encontrei boas amigas. Sério.
E não há um motivo certo para eu gostar delas, é a mesma coisa que me perguntar porque gosto de chocolate. Gosto porque adoro, oras. E sei que elas entedem o que quero dizer, de alguma forma, elas sempre dão um jeito de entender. Porque até onde eu sei, é isso que amigas fazem. E juro que não deixarei essa amizade passar, ela é mágica demais para acabar do nada, só porque o tempo passou. Por isso, obrigada, garotas. Eu descobri que não viveria muito mais tempo sem vocês aqui.

Não é meigo?

sábado, 27 de março de 2010

Sie


"Olha, Yao, se eu colocar a mão assim..." - Ela sorriu meio tímida diante daquela imensidão laranja que era o pôr-do-sol, as mãos se fechando no ar, como que segurando algo tão frágil quanto as flores silvestres sob os pés descalços deles. Yao quase não entendia o que ela falava, concentrado como estava no movimento do cabelo dela quando o vento os envolvia. - "Parece que estou tocando o sol. Sei lá, isso não parece meio mágico?"
"Por que isso, aru?" - Ele se levantou, batendo a terra da calça e caminhou até ela, com aquela calma quase perfeita, um sorriso tão doce nos lábios que tantas vezes beijaram os dela. Segurou seu pulso com delicadeza, olhando-a bem lá no fundo dos olhos. - "O sol está bem aqui."
E ambos sorriram com os dedos entrelaçados com força, porque para ele, não havia outro astro mais brilhante que aquela garota ali ao seu lado.

.x.


"QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO?" - Gritou, esperneou e quase morreu quando ela o mandou calar a boca com um olhar. Os olhos esbugalhados grudados nos dela, tão escuros em contraste com os seus. (Quando estava sozinho, pensava que os dela eram infinitamente mais bonitos por sua simples escuridão. Quando ela estava feliz, ele via todas as cores do arco-íris naqueles olhos.) - "O M-MEU CARRO...!"
"Só dei um jeitinho nele, Lud, estava parecendo caminhão de funerária."
"Você pintou um arco-íris...No meu carro?" - Engoliu em seco, incrédulo, mas incapaz de não pensar no quanto ela ficava linda com aquela camiseta toda suja de tinta. Ela sorriu, quase tão brilhante quanto ouro ou pó de fada. (Mesmo que ambos preferissem duendes.) - "Por quê?"
"Porque arco-íris são lindos, oras. Que nem você." - Ela balançou o pincel em um gesto de descaso e gotas azuis de tinta caíram sobre o carro. (Como chuva.)
E ele suspirou, conformado, fitando aquele arco-íris na pintura do seu carro. Pelo menos, agora toda vez que andasse de carro, lembraria dos olhos dela. (Não que ele precisasse ser forçado a isso.)


.x.


"Volta para mim, mulher maluca!" - Os moradores daquela rua olham aquele albino aos berros em plena madrugada, de joelhos diante de uma baixinha com cara de sono e choro.
"Por que?" - Ela sussurra entre os dentes, morrendo de vergonha, ignorando o buquê de rosas que ele lhe estende.
"Porque eu sou incrível demais para levar um fora." - Ele sorri, os olhos brilhantes e as mãos segurando os tornozelos dela. Com força desnecessária, até parece que ela vai fugir pela rua vestida de pijama. Ela lhe dá um tapa e grita qualquer coisa sobre ele ser um banana ou um cara de mamão. Ele a puxa para o chão e encosta sua testa na dela, aquele sorriso sacana ainda maior.
"E porque o que eu sinto por você é ainda mais incrível para poder ser simplesmente ignorado."

.x.

Só porque virou modinha e porque elas merecem tudo isso e muito mais. Já que elas são...Sei lá, notaram que praticamente viramos aquele super trio à lá filme? Como Harry Potter, Um Jeans Viajante e etc? Não? Surto meu? Sabia. Sabe? É que eu realmente considero elas como amigas e não como simples autoras que leram as minhas fanfics. Eu amo vocês, caramba. A Polônia não existe sem as Lituânias.
Nota: 'Sie' pode ser traduzido como 'elas' ou 'ela'.
[Nota da Saki/Nanne: E as Lituânias nem pensam em existir sem a Polônia s2]

Langeweile



Estou entediada, com saco cheio de tudo, talvez seja só TPM, talvez seja passageiro, talvez não. Não sei, mas eu simplesmente não aguento mais ver a minha vida passar. Estou com a sensação de que deixo muita coisa para depois, de que tem alguma coisa muito importante esperando por mim lá fora. Nem que seja um bicho de sete cabeças para eu enfrentar ou um príncipe em um cavalo negro com os braços abertos, um sorriso sacana e olhos avermelhados. Sei lá, eu só queria que algo acontecesse. O único problema é que estou entediada demais para lutar por uma aventura. Talvez eu coma uma maçã envenenada e deite no meu quarto com o ar condicionado no máximo, esperando qualquer um vir me resgatar dos livros de química e matemática.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Schokolade


Preciso dizer mais?
(Clique para ver mais nitidamente)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Grimasse


Era uma daquelas máquinhas de tirar foto que tinham aos montes nos shoppings. (Americanos, claro.) Daquelas em que se entrava carregando alguém e gastava rios de dinheiro por uma foto descente, exigindo de uma máquina, a habilidade de um fotógrafo profissional. Com eles não era assim.
Ali, apertando-se na pequena cabine, preocupavam-se em desfrutar só mais um pouco da companhia do outro. (Ela tinha horário para voltar para casa e definitivamente estava proibida de andar de ônibus depois que resolvera dançar uma tal Marukaite Chikyuu na última vez que andara em um.) Se agarra com uma força absurda ao braço dele (E que braço...!), tentando fazer seu rosto aparecer na foto. Era a cabine que era pequena ou Ludwig que era grande demais? Ludwig, aquele grandalhão de coração meio mole, passa o braço pela cintura dela (Ela estava tão próxima dele à cinco minutos atrás?) e ela acha que pode morrer ali mesmo, naqueles braços musculosos daquele alemão certinho com jeito de general e olhos azuis demais, na sua opinião. Tão azuis que ela podia pensar neles o dia todo. (Como fizera antes e faria para o resto de sua vida.)
Ela ri quando ele resmunga sobre a falta de espaço, ri quando ele a olha corado, ri por tudo e Ludwig, tem quase certeza de que o sorriso dela é mais bonito depois da chuva, como um arco-íris. Ou tão brilhante quanto um pote de ouro. (Lá ia ele divagando. A culpa era da camiseta de duende dela!) Entrelaçam os dedos, como aqueles casais de novela, sorriem mais do que o necessário, hora da foto.

1ª Foto:
Eles estão agarrados com força demais, os olhos dela saíram arregalados e a máquina cortou a cabeça dele.
2ª Foto:
Ela o abraça pelo pescoço, uma careta estranha no rosto.
3ª Foto:
Os indicadores dela forçam os lábios dele para cima. Sorriso forçado, quase psicótico.
4ª Foto:
Ele, vermelho, desviando o olhar. Ela rindo alto, os braços escondendo a estampa de duende da camiseta.
5ª Foto:
Ele a olha de canto de olho.
6ª Foto:
Ela o olha de volta.
7ª Foto:
Ambos sorriem.
8ª Foto:
Ele se beijam.

Porque a culpa não era deles, dos hormônios ou da pressa de se dizerem 'adeus' até o dia seguinte. Era daquela máquina idiota que os apertara demais, que os grudara mais do que era possível. Pelo menos agora eles tinham uma foto descente, ela não suportava mais ver aquelas fotos que tirara escondida de Ludwig. Ele não sorria em nenhuma delas. (Se ela era um duende, ele era seu pote de ouro.)
A culpa era somente da máquina, pensavam. (Enquanto se agarravam mais um pouquinho.) A culpa era só da máquina e daquele calor todo. (O celular dela estava tocando, mas quem se importa?) A culpa era da máquina, do calor e daqueles braços do Ludwig. A culpa era da máquina, do calor, dos braços do Ludwig e do sorriso dela.
(A culpa era dos hormônios.)


Consegui de novo. Quero dizer, o final ficou forçado, estranho, sem sentido, feio, a fanfic em si ficou sem graça, eu não gostei muito não, acho sinceramente que a minha duende preferida merecia algo bem, bem melhor. Mas não deu. Não agora, claro. Um dia eu tento algo melhor. Prometo. Enfim, fiz de todo o coração, duendezinha. Por favor, não me mate. PRESENTE PARA A SAKI MIAZAWA MORGAN.

Hand in Hand



(1)
Yao passa o polegar pela pele dela, um sorriso doce demais, quase enjoativo domina seus lábios, por mais que ele tente se controlar. Não gosta de mostrar para todos os passageiros do ônibus que está apaixonado pela garota ao seu lado, se bem que por ela, ele se pintaria de ouro e correria pelas ruas gritando à plenos pulmões:
"WO AI NI, WO AI NI, ARU...!"
(2)
Ela aperta a mão dele com mais força, o pé batendo contra o chão do ônibus no ritmo da música que juntos eles ouvem. Yao não havia visto que ela estava sorrindo, aquele mesmo sorriso bobo de tempos atrás. E ainda hoje, quando ele a via, o coração disparava. Ás vezes ele odiava aquilo, na maioria das vezes gostava de estar apaixonado. (Por ela, claro.)
(3)
"Ainda vou aprender a cantar 'Hello China'!" - Ela diz, os olhos escuros fixados nos dele. Ela usa um tom de promessa, daquelas promessas malucas dos contos de fadas, como se aprender a cantar uma música em japonês fosse um assunto de vida ou morte. (Ele iria logo atrás se ela morresse.) Ou pelo menos, uma...
(4)
...Uma jura de amor. Daquelas com tema musical e lágrimas de uma plateia imaginária. Daquelas que não se esquece com o tempo, daquelas reais, daquelas que não precisam ser ditas. Daquelas que combinavam com eles.
"Eu te ensino a cantar, aru."
(5)
Ela sorri aquele sorriso só dele, aquele de quando se conheceram, Yao não se lembrava aonde ou quando. Só conseguia lembrar de não ter tirado seus olhos dos dela.
"Mesmo?"
(6)
"Claro, aru." - Yao sorri de volta, achando que eles bem poderiam estar sendo observados por todos, todos os passageiros do ônibus. Quem se importa? Agora ele sabia que poderia dizer para todo o mundo que não estava apaixonado. Estava amando.
(7)
E finalmente, finalmente mesmo...Eles se beijam.

(Fim?)



Eu tinha que escrever. Sei lá, eu também precisava de um post para você aqui, então saiu isso. Espero mesmo que você tenha gostado, por que até que eu achei fofo, sabe? E um fato pouco conhecido é que Sunrise e China é O casal. Logo depois de Lituânia e Polônia (ou LituâniaxPolôniaxLituânia), claro. Enfim, consegui. Agora, claro, falta uma da minha outra Lituânia preferida com o Alemanha. Ou não serei feliz. DUENDE, EU ESTOU INDO, AGUENTE FIRME!
OBS: Hand in Hand é 'De mãos dadas' em alemão.




terça-feira, 23 de março de 2010

Ich


Gosto de cores, de flores, de música, de dançar quando ninguém está olhando, de pular, de gritar, de me expressar. Gosto de rir, de sonhar acordada, de voar, de acreditar em mágica, de abraços, de amigos, da minha família, de desenhar corações nos meus cadernos, de escrever e mostrar para todo mundo, de ser elogiada (Mesmo não concordando), de rimar, de cantar baixinho para ninguém ouvir, de rabiscar o livro de matemática, de agarrar um bichinho de pelúcia, de dormir coberta mesmo no Verão. Gosto de dormir tarde, de acordar tarde, de olhar as unhas, de enrolar o dedo no cabelo, de ler histórias que ninguém lê, de comer doces e depois me culpar, de chorar, de ganhar, de brincar, de me fazer de boba, de fingir que tenho sorte, de olhar para o nada e ver tudo, de descobrir alguma coisa inútil, de perceber que aquela espinha sumiu, de usar o dicionário de alemão (Mesmo não sabendo falar alemão), de saber que alguém se importa, de ganhar presente (Mesmo não gostando de dar trabalho), de confundir os outros, de contradições, de figuras de linguagens, de piadas velhas, de descontar a raiva no travesseiro, de admirar algo ou alguém facilmente. Gosto de acreditar. Gosto de gostar.

Heimweh und Zauberei


Vai ficar tudo bem. Eu quero acreditar que vai ficar tudo bem, porque é estranho que tudo acabe sem motivo, sem precisar. Quero acreditar que ainda não demos todos os sorrisos, todas as risadas, que ainda não choramos todas as lágrimas ou pegamos todas as chuvas. Acho que ainda falta muito, mesmo que já tenhamos caminhado bastante, que ainda falta um grande final, daqueles dos filmes que a gente nunca via. Ainda acredito naquela ligação absurda, naquele diálogo por olhares, naquelas piadas internas e nos mundos fantasiosos. Ainda acredito em mágica, em gritos histéricos, em músicas quase cafonas, em discussões tolas e em bilhetinhos. Ainda acredito na minha força de vontade inexistente, no que já passou e no que virá. Ainda acredito em você. Ainda acredito na nossa amizade.

Merda, eu senti a sua falta.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Lächeln



Eu não gostava dela, quero dizer, acho que ainda não gosto. - Porém, afirmo com toda a certeza de que ela subiu ao menos um pouco no meu conceito. - Achava-a estranha, não gostava do modo fixo com o qual me encarava ou de qualquer outra coisa relacionada à ela. Talvez eu tivesse ciúmes, mesmo que no começo tenha me esforçado para ser sua amiga e para fazer com que outros à aceitassem. (Eu não gostava quando ela conseguia atenção.) Me esforcei mesmo, mas sempre há aquelas pessoas que por mais que você se esforce, continuam sendo apenas conhecidas, nunca amigas. Não sei.
Por muito tempo tentei e após desistir, fiquei até aliviada, tudo era como sempre deveria ter sido. Mas ela continuava ali, sorrindo para mim. Ela me considerava uma amiga e ficou do meu lado quando eu precisei. Sei lá, às vezes eu acho que sou mesmo uma bruxa, daquelas que andam curvadas e tem uma verruga no nariz. Enfim.
A verdade era que apesar de tudo, o sorriso dela era lindo. E eu tinha (ou tenho?) muita inveja dela por isso. O sorriso dela era sempre sincero e foi o primeiro que vi chegar aos olhos. E eu nunca achei que fosse possível um sorriso tão sincero ser dado à mim. Acho que foi aí que eu comecei a gostar um pouquinho mais dela. A verdade, mais uma vez, é que tenho inveja do sorriso dela. Eu sempre quis ter um sorriso tão absurdamente bonito, sem qualquer falsidade e - Deus! - completamente inocente, como o dela. É, quisera eu não ter sido corrompida pela sociedade. Ou ter sido mais gentil com quando tive chance, ainda acho o sorriso dela um dos mais bonitos.
Não vai custar nada eu ser um pouco mais princesa, não é? Não custa nada ser para ela uma boa amiga. Talvez um dia eu também consiga um sorriso bonito, daqueles que chegam aos olhos e aquecem a alma dos desavisados navegantes.

Klee und Gold


Klaus Fritzen Conteville sorri, aqueles dedos finos passando calmos pela capa gasta de um livro folheado à ouro. Sabe quando se sente saudade? Saudade do que nunca teve? Ele não sabia, mas sentia, os lábios curvados tolamente enquanto a imagem da capa retribui seu olhar. Era um daqueles duendezinhos do Reino Unido, daqueles que moravam no fim de um arco-íris. - A única diferença é que aquele duende não era ele, era ela. Entrelançando seus dedos em trevos de quatro folhas, a expressão espivetada. - Se interessava por todo o tipo de literatura, entregar-se a um livro era quase que um ritual a ser seguido rigorosamente todas as noites. Porém, Klaus sabia que podia deixar mais alguns textos e aulas de lado só por uns momentos. Só para poder entregar-se mais uma vez àqueles olhos brilhantes.



Foi o que deu para sair em três minutos e alguns segundos. Saiu forçado, mas de alguma forma eu tinha que retribuir, sabe? De alguma forma. Por isso, muito obrigada. S. Miyasawa Morgan.

domingo, 21 de março de 2010

Der verlorene Sohn



Chão de terra batida, cheiro de chuva, sabor de lágrimas. Aquela sensação de pesar, de culpa. O ar perfumado por saudade, uma necessidade de calar seus gritos desesperados – Gritos sussurrados, mudos, guardados no fundo do peito. Gritos que matam.
Lágrimas com gosto de injustiça, olhos cheios de ódio. A pele seca, os dentes trincados contendo maldições direcionadas à Deus. “Por quê?” – Os lábios se movem, a voz baixa hesita em contestar a vontade divina. Punhos fechados, raivosos por serem incapazes de acertar o culpado. Deus é o culpado. – Pensava. -Porque era Ele quem decidia tudo e foram seus anjos que a levaram. Levaram-na para o Céu.
Onde ele não podia vê-la, onde suas músicas não o alcançam, onde seus braços não o protegem. Onde ela não era mãe. E ele já não era filho. – Porque Deus lhe arrancara sua mãe quando ele mais precisava. Porque Deus já havia levado seu pai. E Deus não o queria. Não o levava. Não o levaria.
A falta de ar, a névoa que o cerca, predadora voraz. Os olhos cerrados, o corpo trêmulo. O túmulo. – Ah, o túmulo...! – Feio. Triste. Sozinho. Não era como sua mãe, não era para ser dela. Deveria ser do culpado, ser de Deus e de seus anjos por tiraram-lhe a pessoa que mais amava.
Os joelhos no chão, praguejando. O choro contendo-se no peito, matando. Os ouvidos sedentos por palavras. Palavras que não fossem de pena, palavras doces como as dela. A voz dela.
O corpo frio, clamando por calor, enquanto seu coração só pede pelos braços dela. – Uma última vez. Uma despedida decente, uma chance de dizer que a ama, que sentiria sua falta. Uma chance para dizer que queria ir para o Céu, para ser seu filho.
Ah, a vontade. A vontade de morrer. De morrer e encontrá-la. E dizer que não era o culpado, era a vítima, como ela. A chance de encontrar Deus e mandá-Lo esquecê-la, deixá-la. Era a sua mãe, não Dele. A vontade de poder dizer que ainda na terra ou no Inferno, ainda era seu filho. Ainda era dela.
Chão de terra batida, cheiro de chuva, sabor de lágrimas. E um filho pródigo que volta para casa.


Nota da Autora: Quando você tem na cabeça que terá três tempos de química, dois de física, um de biologia e um de matemática desde as 7 da manhã até 13h30min da tarde, você simplesmente não consegue escrever. Ou sequer respirar.
Créditos para a Saki Miyazawa Morgan, que postou isso daqui quando o site resolveu implicar.

Geld wie Heu


Eu estava naquelas feiras de anime. A mesma coisa de sempre, pessoas estranhas e impossivelmente ansiosas para torrar suas mesadas e salários que conseguiram com sangue, suor e lágrimas em objetos caracterizados e quase sempre, inúteis. Isso sem contar os cosplayers que além de torrarem seu dinheiro com fantasias e afins, ainda se torram. Porque devia estar um calor insuportável dentro daqueles casacos e vestidos e quimonos e calças e - imagine só! - bandagens. Eu mesma, que estava apenas de bermuda e camiseta como toda brasileira que se preze, estava derretendo ali, não importa o quanto chuviscasse.
Não importa. Sério, não importam as horas de sono perdidas para chegar cedo e comprar ingressos ou a fila interminável mesmo que você chegue às sete da manhã. Também não importa o quanto os vendedores te extorcam, provavelmente imaginando que você é filho do Bill Gates e não um simples mortal que se joga de joelhos diante de seus pais e chefes implorando por qualquer dinheirinho. Vale à pena. A verdade é que todo otaku é um belo de um masoquista. Vale à pena conversar com aqueles malucos fantasiados e cantar músicas em japonês na frente de um sem número de pessoas e enfiar-se entre pessoas suadas e maníacas para comprar um objeto qualquer e que você nunca usaria se ele não tivesse a cara do seu personagem preferido estampada nele. Quem se importa com dinheiro? Você sempre pode implorar por mais ou trabalhar dobrado. Sério, quem se importa? A sua mochila tem a cara do Naruto agora.
Isso sem contar a satisfação de ouvir o vendedor dizendo que você é 'gatinha demais' e que ficaria linda com uma coleira humana com estampa de oncinha, por mais que aquela tal coleira fosse a coisa mais cafona que você já tenha visto depois daquele vestido que você ganhou de Natal.
Claro, nem tudo são flores.
Ainda há aquela vez em que o Tio Patinhas parece baixar em você e não há nada que te faça gastar seu dinheirinho suado. Por um curto período de tempo, claro. Você ainda fraqueja e corre na direção daquele chapéu, o único de toda a feira, perfeito e incrível demais. - E daí que ele não cabe na sua cabeça? Você pode dizer que comprou! E isso, meu caro, é capaz de mandá-lo para o Céu. - Porém, aquela pontada no peito, algum consumista filho de uma mãe comprou seu tesouro antes de você. E adivinha o quê mais? Com o dinheiro da mamãe. É. Quem precisa de mesada agora? Pelo menos podemos nos consolar sabendo que essa criatura que não nos entende será linchada antes que possa gritar: "KATEKYO HITMAN REBORN!"
Mas como eu disse, vale à pena. Sempre, sempre vale a pena decorar o seu quarto com canecas, chapéis, posters, bonecos, cartas, mangás que são mais caros que seus livros da escola e bijuterias espalhadas por seu banheiro, por mais que nem mesmo você caiba direito lá. Vale à pena. Vale à pena. Vale à pena.
E continuará valendo enquanto as desculpas para um adiantamento na mesada / salário forem criativas, claro.
PS: Eu não copiei a Nanase Kei, juro que só fui ler o post dela depois. E o dela está infinitamente mais genial, diga-se de passagem.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vorderst



Não sei que faço aqui, parada diante de uma tela de um blog, esperando postar algo revolucionário em talvez dois ou cinco minutos com o cabelo desarrumado tirando-me a concentração à cada segundo enquanto troco de posição em uma guerra com a cadeira e comigo mesma.
"Que irei escrever aqui?" - Pergunto-me.
As teclas do computador me enxem de expectativa e esperanças e decepicionam-me seguidas vezes, recusando-se a sussurrar qualquer ideia para um texto, uma crônica, um conto, um poema, uma música, um mantra, qualquer coisa. Terei de me virar sozinha nessa batalha contra folhas em branco.
Está tudo bem, está tudo bem. Meus dedos coçam ansiosos para digitar qualquer coisa, não nego. Eu amo escrever, criar com palavras unidas magicamente por um tipo de força maior. Sonho com o dia em que irei publicar um livro e encantarei alguns com uma história tonta saída no meio da madrugada. Acho que gosto dessa sensação, já que eu nunca consegui desenhar. Nunquinha. Prometo-me que um dia irei conseguir. Quero dizer, prometo que serei escritora, não desenhista. Acho que não seria feliz sendo mais nada.
Confesso, fugi do assunto. Ainda não sei que faço aqui, mas alivio a sensação de expectativa enquanto escrevo quase que literalmente qualquer coisa. Sei lá, às vezes acho que posso me comparar à uma viciada, usando livros para matar minha sede ou qualquer outra coisa do tipo. Uns dizem que uso isso tudo como uma válvula de escape da realidade. Talvez porque minha vida seja demasiada entediante ou porque eu seja mais sonhadora que o recomendável. Não sei, juro que não sei. Talvez seja uma mistura de tudo ou nada. Talvez todos estejam errados, talvez eu esteja. Quem sabe?
Odeio que me analizem.
Não gosto que me entendam.
Porque, eu mesma, não me entendo.
Então, esqueça. Não se iluda achando que qualquer coisa aqui escrita é só mais uma fofoca ou uma crítica à socidade. Ou uma tese, uma crônica, um conto e o diabo a quatro. Eu não sei o que estou fazendo aqui. Sequer sei que será disso tudo. Sei lá, eu poderia estar bebendo ou descobrindo a cura do câncer. Mas estou aqui. Talvez seja uma válvula de escape da realidade, talvez seja um modo de aliviar a sensação de expectativa que tenho cada vez que vejo uma folha em branco (Será que eu sofro de algum problema psicológico?), talvez seja só mais um blog, talvez essa seja minha única postagem. Sério, eu não sei de nada. Queria era ter sabido as questões daquela prova.
Falei, falei, falei, falei, falei e falei. E nada disse, nada fiz. Eu queria mesmo ter escrito outra coisa, uma reflexão profunda e filosófica ou um conto digno do Prêmio Nobel de Literatura. Mas não consegui, mais uma vez eu falho. Ou talvez tenha sido culpa da preguiça. Ou da fome. Ou da vontade de ter o Alex Band cantando no volume máximo enquanto eu danço pelo meu quarto como uma insana. Vai saber? Eu só queria acabar com isso e voltar para a segurança do meu Word, onde tudo o que eu escrevo está muito bem guardado.
É. Fazer o quê? Eu volto, prometo.
Só não considere o fato de que raramente cumpro minhas promessas.