terça-feira, 31 de agosto de 2010

I love the way that you lie

Tem muita coisa ruim no mundo, às vezes até piores que prova de matemática ou que aqueles dias de maré vermelha e existem pessoas que preferem ver o lado colorido das coisas. Até umas duas semanas atrás eu era uma dessas pessoas, mas também tem vezes em que não dá para ignorar, sabe? Às vezes tem tanta coisa ruim acontecendo que dá até vontade de ficar na escola, só para ver se os números, letras e tudo o mais não derretem os problemas que nem costumam derreter nosso cérebro.
Eu costumo detestar muita coisa: Matemática, Química, feijão, multidões, praia, espirrar, agulhas, exames médicos, risadinhas, celular sem bateria, acordar cedo, brigas...A verdade é que sou tão chata que seria bem mais fácil ficar falando das coisas que gosto, mas uma das coisas que entra no topo da minha lista é hipocrisia.
Cacete, tem coisa mais detestável que hipocrisia? E notem que eu nem vou comentar qualquer coisa relacionada a corrupção, sociedade...Essas coisas, sabe? Pefiro falar do que aconteceu comigo, há duas semanas atrás, quando senti na pele e, ah, marcou.
Combinamos um almoço lá em casa com uma semana de antecedência, seria a primeira vez após um mês. Legal. No dia, faltando...Trinta, quarenta minutos, tudo vai pelo ralo. Desmarcado. Beleza, sabe? Tinha teste no dia seguinte. De matemática; totalmente perdoável, principalmente porque eu mesma não lido bem com os números. Então, aconteceu.
Descubro, com meus próprios olhos, que não havia estudo algum, apenas um almoço na casa de uma outra amiga, apenas uns risos da minha cara de idiota.
E você poderia dizer que nem é algo tão grave e em outros tempos eu concordaria, tivesse essa sido a primeira vez. Mas não foi, sequer foi a segunda ou a terceira. E eu tentava levar numa boa, mas a cara de pau das pessoas é tão grande que me dá vontade de gritar.
Às vezes penso que o ser humano é um bicho inútil.
É revoltante ficar ouvindo puxasaquismo, me irrita fingir que está tudo bem quando tudo está tão caótico quanto o meu armário da escola. Eu detesto hipocrisia e, nossa, falsa amizade para mim é um pecado tão mortal quanto estragar um livro. Uma coisa é ter cara de pau para falar a verdade, levar uns tabefes e sair com estilo, outra é ter cara de pau para montar uma história toda só para ver se acaba se saindo bem. Tenho nojo dessas pessoas que falam de amizade como um padre falando de Jesus e quando são postas à prova vem com o ditado: "Amigos, amigos, negócios à parte."
Hahaha, mas o pior da história não é esse, sabe? O pior da história são as pessoas como eu que ficam com peninha de acabar com uma amizade que não existe, são as pessoas que seguindo a lógica de Albus Dumbledore tentam e dão um jeito de acreditar no melhor das pessoas. Se eu não fosse tão mané isso não teria acontecido. Agora quando eu olhar aquele diabo de copo d'água pela metade, ele sempre vai estar meio vazio.
É, obrigada pela parte que me toca, amiga.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

L.O.L

ANIME/MANGA NERD

[x] Você assiste anime.
[x] Você lê mangá.
[x] Você compra/coleciona DVDs de animes.
[x] Você tem algum outro tipo de mercadoria relativa a anime/mangá.
[x] Você já se referiu a um personagem de anime/mangá como 'hot' antes.
[ ] Você já fez cosplay. (AINDA não)
[ ] Você fez isso em público.
[x] Você já esteve em uma convenção de anime/mangá.
[x] Você criou/se juntou a um fanclub de algum personagem de mangá/anime.
[x] Você criou/se juntou a um grupo de haters de algum personagem de mangá/anime.
[ ] Você surtou ao descobrir que alguém tinha o mesmo nome que um personagem de anime.
[ ] Você gosta de desenhar anime. (Não, mas queria saber! 8D)
[x] As pessoas te conhecem como 'cara do anime'. (‘A. Narutoooo!’ É, é assim que me conhecem e...Cacete, existe muito anime melhor que anime. Não podia ser A. Blood Plus? A. Hetalia? A. KHR?)
[ ] Você sabe que se pronuncia 'mawnguh' e não 'manga' como se escrebe. (Eu falo ‘mangá’ com acento no ‘a’ mesmo, beijos.)
Anime/manga nerd: 09/14

ART NERD

[x] Você gosta de artes.
[x] Você se considera um artista.
[ ] Quando usa material de artes, a marca deles importa para você.
[ ] Você tem uma marca favorita.
[ ] Você pediu material de artes no Nata/aniversário.
[ ] Você dá desenhos de presente para as pessoas.
[ ] As pessoas te pedem por seus desenhos.
[ ] Você é conhecido como o 'cara das artes' na sua escola.
[ ] Ao invés de só 'marrom' ou 'rosa', você seria específico: 'marrom sienna' ou 'rosa blush '.[Hã?] [ ] Você teve aulas de Artes fora da escola. Tipo um curso.
[x] Você já considerou uma carreira como artista.
[x] Seus papéis de escola são todos cobertos de rabiscos .
[x] Você tem um artista favorito.
[x] Seus desenhos já foram emoldurados.
[ ] Você carrega um caderno de desenho pra todo lugar que vai.

Art nerd: 06/15

MUSICAL NERD

[x] Você toca um instrumento musical. (Tocava piano. Esqueci quase tudo. Tá, mentira, só preciso lembrar de como se lê partitura e volto a ser como antes.)
[x] Você toca mais de um instrumento. (Eu improviso na flauta, serve?)
[x] Você gosta de tocar seu instrumento.
[x] Você deu um nome para seu instrumento. (Lily. Como meu antigo óculos. E sim, é por causa da Lily Evans. Mas agora também pode ser por causa da Lily Allen.)
[x] Você já participou de atividades extra-curriculares com seu instrumento.
[ ] Você é conhecido pelo que toca.
[x] Você ouve música clássica.
[ ] Você se pergunta se ela é do gênero clássico ou do período clássico.
[x] Você tem um compositor favorito.
[ ] Todos os seus amigos são de bandas/corais/etc.
[ ] Você escreve música.
[x] Você discute sobre música com seus amigos; compositor favorito/instrumento favorito/período musica favorito/etc.
[x] Você já considerou carreira profissional na música.
[ ] Você nunca fica nervoso de cantar para os outros.

Musical nerd: 09/14

VIDEO GAME NERD

[x] Você joga videogames.
[ ] Você tem mais de 4 sistemas diferentes de videogame. (Só dois. Play Station 2 e Wii.)
[ ] Você já teve debates sobre qual sistema de jogos é o melhor.
[ ] Você joga videogames todo dia. (Jogava mais. Agora perdi a mágica. 8D)
[ ] Você já jogou videogame por mais de dez horas.
[x] Você tem músicas dos seus jogos de video game favoritos no seu MP3/iPod.
[ ] Você ama falar sobre videogames.
[ ] Você memoriza datas de lançamentos de jogos.
[ ] As pessoas te conhecem como 'o cara do videogame' (achei que essa tradução era melhor).
[x] Você passa mais tempo com videogames do que com seus amigos. (Óbvio. Sou uma anti-social, lembram?)
[ ] Seu videogame fica em seu quarto, sem contar os portáveis como o DS. (Era o videogame ou o computador ;-;)
[ ] Você tem preferências quanto à empresa que produz seus jogos.
[ ] Você já teve debates sobre qual empresa é a melhor.
[x] Você fica jogando um jogo até zerar.
[ ] Você fica bravo quando descobre que alguém olhou códigos para passar de fase na internet.(Não, porque eu já fiz isso. (6’))

Video Game nerd: 04/14

Empatou. O pior é que achei que eu seria nerd de Anime e Mangá. FAIL.

Because I have pictures to burn, just like Taylor Swift

Quem é você?
O que te faz sorrir?
O que te faz chorar?
Qual é sua cor preferida?

Qual sua melhor lembrança?

Sua música?

Qual seu filme?


Qual seu pecado?


Qual sua vitória?

Qual o seu cheiro?

Qual o seu esporte preferido?



Qual é o seu hobby?


Qual é seu livro preferido?


Qual sua bebida preferida?



E sua frase?


Você tem um sonho?



Meme adaptado daqui: :B

terça-feira, 24 de agosto de 2010

I don't have to explain


Não que eu acredite (muito) no Cupido, mas costumo achar que ele é um desgraçado muito do sádico, sabe? Se não for, precisa de óculos. Porque é cada um que me aparece que chega a dar vontade de sentar e chorar um rio ou dois. Juro que se eu pudesse, me apaixonava por aquele cara lá, aquele que vale a pena. Aquele que gosta de mim. Então, coração, sossega quando for olhar para o outro. Sossega e finge que não viu. É mais fácil.
[Quem disse que o Cupido deixa?]

30 Letters - Your Crush

D.G.F.C.S (popularmente conhecido como T.S.H),
Não era para ter sido você, entende? Porém mesmo assim, mais de uma vez pego-me imaginando nossos dedos entrelaçados e The Calling tocando ao fundo, como naqueles filmes com os quais costumo implicar. Passo minutos olhando para o nada, a cabeça em um mundo onde o amor é justo e você me ama de volta. Não há dia em que não lembre daquelas falsas esperanças - talvez eu ainda acredite nelas e não há olhar seu que me faça...Sabe? Esquecer você.
A verdade é que eu gosto de você. Gosto bastante, mas ainda não o amo, ainda bem. Já amei, sabe? Não me fez bem. Amar não é tão legal quando não se é amado de volta e, céus, você não sabe o quanto eu tenho medo de acabar amando você um dia! Seria cruel demais. Seria mais cruel do que ver seu sorriso todas as manhãs para as outras pessoas, seria mais cruel que saber - e ter a certeza - de que nos afastamos, mesmo nunca tendo sido muito chegados. Seria muito, muito mais cruel do que ficar lembrando do quanto você era bonzinho comigo e passou a ser...Bom, indiferente.
Lembra? Teve uma vez em que nós dançamos. Não que tenha sido uma dança, lembro-me apenas de ter sido empurrada para cima de você, dos nossos dedos entrelaçados, da minha cabeça encostada no seu peito - ou barriga, você é bem mais alto que eu, de quando você se abaixava para eu poder beijar sua bochecha, de quando você sorria para mim, de quando você bagunçava meu cabelo, de quando você não se importava de eu ser sua stalker.
Agora tudo meio que parece diferente e de meio amigo do qual eu gostava, você se tornou aquele cara com o qual nunca terei uma chance. Não que houvesse qualquer chance antes, mas há alguns meses eu pelo menos podia acreditar.
Ás vezes penso que você já sabe e que por isso se afastou. Aí novamente o coração bate mais forte e me forço a acreditar que você não quer me magoar. Paixão não correspondida dói no fundo do peito, sei disso muito bem. Então talvez eu seja uma masoquista, não é? Então talvez um dia eu me machuque tanto que fuja de tudo e de todos, talvez um dia eu aprenda a lição. Não que a culpa seja sua, é minha e tão somente minha por só gostar daqueles caras bonzinhos demais para gostar de garotas como eu. Para se apaixonarem por irmãs mais novas.
Então, eu não te odeio. Claro que não. Mas também não te amo, claro. Por isso não faça isso comigo, não me faça amar você. É só que...Não era para ser. E eu deveria ter entendido isso de início. Mesmo assim, obrigada por ter me dado algo em que acreditar.
Da garota que gosta de você,
A.
PS: Tenho que parar de acreditar em contos de fadas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

30 Letters - Your Best Friend [Parte 3]


Karamelle,
Quando eu estava cheia de problemas e me afogando em lágrimas, foi você quem veio correndo me dar um abraço, não é? Quando eu fugia para a sua casa e quase morria de alergia ou quando eu ligava e mandava mensagem para a gente fazer alguma coisa, eu fazia porque sabia que com você eu poderia contar. Não por você ser uma verdadeira mosqueteira de minissaia, mas porque você é minha amiga, não é? Uma das melhores, quero dizer, se não fosse, não estaria aqui. Tá, tá, também foi porque você é uma verdadeira mosqueteira de minissaia.
Porém, você, mais do que qualquer outra pessoa, foi quem estendeu a mão para mim, me deu um abraço, me animou e gritou muito, muito mesmo. - Não para brigar, é claro, você só é meio surda mesmo. Opa, desculpe. - Poxa, Karamelle, lembra dos corações coloridos dos quais te falei? Daqueles que eu fazia na aula? Os corações coloridos? Eu disse que eles salvaram minha vida, mas você fez muito mais que eles.
Você foi minha amiga quando eu mais precisei. Existe uma frase que eu vi no DeviantArt que me lembra você, sabe? Apesar de ter a imagem de um monstrinho verde. Todos sabemos que você é meio cachorro, não meio marciana. Essa sou eu, pergunte ao Marcelo. Enfim. A frase: "Ás vezes, quando eu digo que estou bem, só quero que alguém me abrace e diga: 'Eu sei que você não está.'" E, nossa, isso me lembra demais você. Por todos os abraços, risos, gritos, micos, tapas, festas, fanfics, sonhos, pernoitadas...Por tudo isso e mais um pouco, Karamelle, obrigada.
Porque eu não sei o que eu teria feito sem você. Quero dizer, eu estava sozinha. Tinha brigado com a F., com a L., não tinha mais nenhuma amiga tão próxima, só você. E eu fiquei completamente apavorada, o que eu faria se você brigasse comigo? Cacete, você me conhece e sabe que eu sou dramática, mas eu tenho quase certeza de que me jogaria de uma ponte. Então, você ficou toda irritadinha como sempre e se não estivessemos nos falando pelo msn, acho que você teria colocado as mãos na cintura e me olhado com uma cara tão zangada que eu teria gritado pela minha mãe, eu estava preparada para ouvir muito e, bem, você disse que seria minha amiga para sempre, que nunca ia me deixar na mão.
Me permite outra frase? "Era tudo o que eu queria ouvir, era tudo o que eu queria ouvir...!" - Essa eu roubei do livro 'Uma Professora Muito Maluquinha', do Ziraldo. É, gêmea siamesa, era tudo o que eu queria [e precisava] ouvir, sabe? Eu precisava de uma amiga e tinha você bem do meu lado. Obrigada.
Isso porque eu não mencionei nossos surtos, desenhos, pares, planos, histórias, piadas, implicâncias e...Nossa, é tanta coisa, Karamelle. Quisera eu poder dizer o quanto você acabou se tornando importante para mim, uma...Bem, uma gêmea siamesa de verdade. Eu nunca poderei agradecer o suficiente por você ter ficado do meu lado, nunca poderei dizer o quanto você é minha amiga. E eu sei que ainda falta tanto para dizer...! Mas não dá, não em palavras. - Acho que é por isso que eu te abraço tanto.
Então, vamos cumprir nossa promessa mesmo sabendo que não precisava avisar. Vamos ser amigas para sempre, Karamelle.
Com milhares de beijos de caramelo,
A.
PS: Eu te amo. ♥

About the art of writing

Ela abre aquele Word antigo e fica olhando a página por segundos que são eras e eras e eras, então digita com violência e ansiedade e mais uma vez castiga o teclado do computador por seus bloqueios criativos, xingando-se por não ter escrito aquela tal históira quando a ideia ainda era fresca na memória, então grita com Deus e o diabo em pensamentos e corre para pegar um livro em seu quarto, um livro da prateleira - porque aqueles livros são os seus preferidos, cujos os autores ela admira tanto que poderia beijar-lhe os pés milhares e milhares de vezes.
Volta para o escritório e estreita os olhos para a tela do computador, as páginas do Word com poucas frases, se não em branco. Ela abre o livro em uma página, vê o modo como o autor escreve, pensa por minutos, horas, milênios, então inspira-se para escrever - não para ela! Mas para os livros, é claro! E escreve e apaga e escreve mais uma vez e apaga tudo de novo. Mas continua escrevendo, por mais que odeie cada letra.
~*~
Definitivamente, não gosto do que escrevo. Na realidade, detesto e talvez eu odeie ainda mais o Word por me encantar com aquela página em branco e ao mesmo tempo sugar todas as minhas ideias para escrever. Não que isso aconteça só comigo, acho que todo escritor deve entender como me sinto. Não que eu seja escritora. Ainda, é claro. Porém sinto-me tão infantilmente bem que quero fazer da escrita, minha vida, meu trabalho. - Infelizmente apenas nas horas vagas, autores desconhecidos e escritores de primeira viagem precisam de outro emprego ou morrem de fome.
Sei lá, ainda posso trabalhar em uma Editora ou ser professora de Literatura. Eu apenas preciso...Ficar perto dos livros. Porque, bom, tirando o Jack e o Cornelius, os livros foram meu primeiro amor e após anos de dúvida, sonhando acordada com meus futuros trabalhos [astronauta, desenhista, professora, modelo, veterinária, maestra, pianista, jornalista...], encontrei-me em nas letras, nas páginas, no grafite da lapiseira, nas teclas de um teclado, nas páginas [em branco] do Word.
Não que eu esteja achando que serei grande coisa, já disse que detesto o que escrevo, que acho que não tenho talento - só escrevo um pouco melhor que uns poucos porque sempre gostei de ler. Porém ensinaram-me que tenho de trabalhar com o que gosto e, bem, eu amo escrever.
Então...Por que não? Tá, existem os bloqueios criativos, existe a falta de dinheiro, de ideias, de talento, de paciência, mas ainda existe o prazer, a paixão, o vício, a vontade, a escolha, a determinação. Eu não desejo ser escritora, eu quero ser escritora. Porém, não apenas digitar umas palavras legais e entregar para uma editora famosa, quero encantar palavras e ser uma verdadeira contadora de histórias. Porque essa sou eu e é isso o que eu amo.

Hasta la vista, drama queen!

Quer saber de uma coisa? Eu cansei disso. Dessa imagem preta e branca, depressiva, dramática, essa coisa toda de 'sou-uma-pobre-garotinha-chorona-por-favor-me-salvem'. Não, cara! Chega! Chega de drama! Chega de choro! Chega de ser quem não quero ser! Joga o passado no vaso sanitário e dá descarga, retoca o lápis de olho, faz cara de quem sabe o que quer. Apenas dê um fim às lágrimas e olhe para frente, há toda uma vida agora, há toda uma juventude de erros que estão lá para serem cometidos e para ensinarem qualquer coisa, cara. Só...Chega de drama!
Chega dessa história de quem está prestes a cortar os pulsos, existem coisas ruins e cacete, a gente passa por elas por toda uma vida! E só depende de nós transformar tudo em uma tempestade ou em uma chuva gostosa de Verão. Então, chega de se fazer de vítima, de chorar pelos cantos, de escrever só sobre os sentimentos ruins, chega de se achar um lixo, de se arrepender do que não fez, chega de ser estúpida, chega de olhar para o passado, porque o passado não existe, nem o futuro, nem nada além do agora.
Eu não sou assim. Eu fui fraca, sei disso, mas não era eu quem dizia que daria a volta por cima? Então vou respirar fundo e me levantar. Vou ser quem eu realmente quero ser, porque apenas eu posso me dizer o que fazer, quem quero ser, o que quero. Chega disso tudo, adeus para você, rainha do drama.
"A vida é uma vadia, dependendo de como você a veste."


domingo, 8 de agosto de 2010

30 Letters - Your Best Friend [Parte 2]


Tom,
Cara, lembra de como a gente se conheceu? Eu cheguei lá no Teatro com a maior cara de pau e simplesmente conversei com você como se já fossemos íntimos, né? Sei lá, quem estava olhando devia achar que eu estava totalmente dando em cima de você, se bem que no começo eu dei um pouquinho mesmo e - veja só! - de Romeu e Julieta pulamos para os Três Mosqueteiros que são só dois.
Era de se esperar que depois de eu ter sido tão insana, você sairia correndo e gritando pela polícia, não é? Acabou que em uns dois, três meses, você não era só um cara legal que eu conheci no Teatro, era meu melhor amigo. Era o cara legal que eu conheci no Teatro e com quem eu podia surtar e rir e contar tudo sobre qualquer coisa, porque eu sei que posso confiar em você, Tom. Era quem acabava me entendendo apesar de eu ser tão infantil e aleatória. Você era meu Romeu, lembra? Mas eu nunca teria um caso amoroso com você. Não pelo o que você está pensando, mas porque eu nunca estragaria nossa amizade. Seria triste demais.
Mas seria triste demais até mesmo para uma tragédia, quero dizer, seria cruel comigo e que os deuses queiram, com você também. Perder um amigo tão divo e fofo e feliz como você seria não apenas trágico, mas iria me magoar de verdade. Porque eu confio em você mais do que eu sonharia em confiar em alguém que eu conheço há tão pouco tempo, sabe? E, sério, você é mais meu amigo do que pessoas que eu conheço desde a época em que eu era uma criança.
Porém, mais do que isso, você é minha alma gêmea, né? Meu irmão filho de outra mãe, sei lá, coisas desse tipo. Acho que no fundo você entende, porque você sempre dá um jeito de me entender. E eu sei que não estou falando coisa com coisa, eu sei, mas é que eu tenho tanta coisa para falar que troco tudo.
Já mencionei o quanto temos em comum? O quanto eu me divirto com tudo o que você diz? O quanto eu quis bater naquela vadia e naquele outro lá? Tá, eu não sou grande coisa com minha grande altura, mas por você eu teria pego uma vassoura e quebrado eles. Você sabe que pode contar comigo, que eu vou me vestir de cavaleiro para te salvar de...Qualquer coisa que te aflija, colega.
É que, sei lá, eu sei que posso acreditar nessa amizade. Eu sei que posso acreditar em você. E que os deuses façam com que você acredite e confie em mim, né? Só para variar. Não. Sério. Valeu por tudo, Tom. Hoje e sempre.
Que um Incubus te visite hoje a noite,
A.
PS: Você foi o melhor namorado de fachada que uma garota querendo fazer ciúmes no cara que gosta poderia pedir.
PS²: Apaga o fogo na pista com o cabelo, seu perigoso! -q

30 Letters - Your Best Friend [Parte 1]



F.,
Nós passamos por muita coisa, não é? Será que agora você me odeia? Ás vezes eu penso que no fundo, você quer mesmo desistir de mim e fingir que nunca me conheceu. F., sabia que esse é meu maior medo? Estou sendo egoísta, eu sei, em pensar que você não pode simplesmente esquecer nossa amizade. Sei que não tenho o direito de chamá-la de 'nee-san', que sequer posso pedir desculpas.
Mas também sei que me dói saber que um dia podemos já não ser amigas. Aliás, falar que dói é pouco. F., eu sei que já te disse isso e talvez pode não significar nada para você - como poderia?! Fui eu quem mais te machucou, não foi? - mas, eu preciso repetir isso todos os dias, mais para mim do que para qualquer outra pessoa: F., você é minha melhor amiga.
E é por isso que eu me desespero por qualquer coisa, entende? Eu tenho medo de que um dia você simplesmente se canse. Isso já aconteceu tantas vezes...! E todas as vezes doeu como se fosse a primeira. Porém, F., se um dia nós não formos mais amigas, se um dia tivermos de dizer adeus, afirmo com todas as certezas de que vai me machucar tão profundamente...Tão profundamente que...Não sei. Eu posso ter todas as amigas do mundo, mas nunca seria a mesma coisa sem você.
Lembra, F.? Lembra de 'Siga a Estrela'? Você disse que ficou muito Regulus e Sirius, lembra? Na verdade, eu escrevi pensando na gente, sabe? Nunca foi questão de inveja, agora eu vejo, é só que eu te admiro demais, não por você ser você, mas por você ser a melhor amiga que eu nunca vou merecer.
Como eu poderia? Não foi você quem primeiro se preocupou? E o que eu fiz para você, F.? O quê? Eu te machuquei de novo e de novo como a pior amiga que alguém pode ter. Eu queria tanto poder...Desistir, sabe? Poder dizer que não vai fazer diferença. Só para poder te proteger como uma boa amiga, sabe? Mas não dá.
Desculpe, desculpe por toda a eternidade, F., mas eu não posso perder a sua amizade, perder a primeira pessoa que se preocupou comigo, não posso fingir que você não é minha melhor amiga. Me desculpe, eu sei que não mereço nossa amizade, que eu não mereço nada, mas dói demais. Dói perder uma amiga, mas dói muito mais perder uma irmã.
Vamos, vire a cara, me odeie, ignore tudo isso. Na verdade, é o que eu mereço, não é? F., se eu pudesse voltar no tempo, eu consertaria tudo o que fiz, só para ter mais lembranças felizes, sabe? Quero dizer, mais lembranças felizes.
Você se lembra? Dos abraços, dos risos, daquela vez em que eu chorei? [Foi um pouco antes de nossa primeira briga.] Lembra das conversas no msn? Das fanfics? Dos originais? Das discussões com músicas? Das piadas internas? Da vez em que eu disse que era sua gêmea por mais que soubesse que era meio ridículo e que você - talvez - nem ligasse? Lembra, F.? Da época antes de eu estragar tudo?
Então pense nela com tanto carinho quanto eu penso. Porque eu preciso lutar por essa amizade, pelo meu porto seguro e mais que isso, pela minha melhor amiga-irmã que eu nunca acharei igual. Não deixe, F., que isso acabe. Não esquece daquela garota chata que vai todo recreio te dar um 'oi' e um abraço. Mas lembra de um jeito bom, lembra de mim como uma amiga. Por favor.
Porque eu nunca, nunca vou me esquecer de você, sabia? Nunca. Eu sei que falo demais isso, mas você é minha melhor amiga, juro de pés juntos e ajoelhada no milho, você é minha melhor amiga-irmã-camarada. Então, eu te prometo que apesar de tudo, nunca vou te odiar, nunca vou te esquecer e mesmo que Deus e o diabo apareçam na minha frente, comprando briga, eu nunca, nunquinha mesmo, vou esquecer de você, da nossa amizade, de nada.
Então, por favor, prometa-me que irá lembrar de mim. Prometa-me que seremos amigas para sempre. É tudo o que preciso para saber que não perdi você como perdi tantos amigos.

Obrigada por tudo,
A.
PS: Eu te amo. ♥

Thank you, Shakespeare...♥

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… Por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… Mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar."
[O Menestrel; William Shakespeare]

Take a breath, count to three and get ready!

Sinceramente, eu preciso - e quero! - fazer isso, não por eles, por elas, por qualquer outra razão que não seja por mim mesma, para que eu e tão somente eu tenha a certeza de que mudei, de que cresci. Não em tamanho ou corpo ou aparência, mas em personalidade, sabe? Quero não deixar de ser quem eu sou, mas ser o melhor que posso ser.
Porque dói como doem facadas e tapas e chutes ouvir as pessoas sussurrarem sobre o quanto você está em pedacinhos e acabada e triste e fraca e frágil e morrendo, porque dói saber que no fundo você está morrendo de verdade, mas está lutando com garras e dentes para continuar. Porque dói saber que os outros não sabem quem é você, dói não ter mudado após tanta tempestade.
~*~

Então eu respiro fundo e tento não pensar nos gritos de pavor do meu cabelo. É, Brance de Neve, é agora ou nunca. Você vai mesmo fazer isso? Vou, ah, eu vou...! É, eu vou tingir o cabelo. De ruivo.
Para mostrar para todo mundo que as lágrimas secaram com o calor do vermelho, que a garota se encolhendo em um canto se levantou, jogou os cachos para trás e entrou na pista de dança, que ela saiu nadando na tempestade e sobreviveu, mesmo que meio tonta e afogada. Sacou?
É só que eu estou cansada de ficar levando tapa na cara, de saie sonhando acordada e levar um balde de água fria, pense no meu futuro cabelo ruivo como um símbolo, tipo quando aquelas mulheres lá nos EUA queimaram os sutiãs.
Não que eu seja tão radical assim - tá, talvez eu seja. Só preciso de alguma coisa física para me apegar, para sair mostrando para todo mundo como se fosse uma evolução Pokémon ou qualquer coisa assim. Sei lá.
Não. Não estou copiando a Samanta Simon, personagem criada por Meg Cabot, estou...Sei lá, um pouco de feminista radical, emo em desespero, alternativa querendo mudança e uma garota meio vaidosa que eu nem sabia que eu era.
~*~
Ai, cacete, respira fundo.