sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Who else could bleed for more than three days and not die?

Gosto de pensar que posso fazer qualquer coisa. Não tipo a Mulher Maravilha, mas às vezes, só algumas vezinhas é legal a gente inflar esse pouco ego - e por 'a gente', refiro-me àquelas que como eu, tem uma auto-estima tão baixa quanto a altura.
É ótimo, posso dizer com certeza de quem na verdade nem sabe muito bem o que está falando, mas tenta de qualquer jeito. É bom andar na rua com pose de modelo, falar com jeito de quem tem plena confiança em sua língua, olhar para seus próprios pés para examinar os sapatos e não para desviar o olhar do de alguém, agir como aquelas garotas que se vê nos livros da Meg Cabot, em séries de TV, em filmes, em shows. Na verdade, o legal mesmo é não ter aquele medinho, aquela vergonhazinha boba de fazer papel de ridícula, sabem? Eu gosto de ser ridícula. Às vezes eu acho que é bom dar uns tapas na sociedade e ser você, porque há uns anos atrás, aquela menina tímida e recatada e chorona me dominava. Agora? Ah, agora eu quero é ser boba mesmo, daquele jeito feliz e não ingênuo, quero dizer: quero cometer umas loucuras.
Só para poder falar para mim mesma: "Viu, A.? Se você fez isso agora, você pode fazer qualquer coisa. Por que essa paranoia?" O legal mesmo, não é ficar de ego inflado, é provar para si mesma que dá para fazer sim alguma coisa sem medo de levar uma tomatada.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

My friends are made of ink

Acho que nunca falei o quanto gosto dos livros, o que me parece quase um pecado mortal, já que eu tantas vezes falo que quero ser escritora. Sei que tem muita gente que detesta ler, detesta mesmo; o tipo de gente que só leu um ou dois livros na vida e nem se lembra da história. Por causa disso, muitas vezes eu costumava sentir muito, muito orgulho mesmo por ler tantos livros. Por... gostar de ler.
Ainda sinto. Sinto tanto orgulho de cada palavra que li na vida que até deixo me chamarem de metida. Não faz mal, talvez ler seja a única coisa que eu faço direito, já que o Tom disse que meu macarrão parece aqueles elásticos para tirar sangue [pausa: Eu já disse o quanto eu odeio tirar sangue?!]. Gosto de ler. Gosto muito, muito, muito de ler.
É o jeito que eu encontrei de fugir da realidade. Pense o que quiser, sei que não sou alienada. Pelo menos, não muito. É só que... são tantos problemas. Não me importa se são problemas de adolescente, que são mais drama e exagero do que de fato uma complicação, problemas são problemas e enquanto eu não arranjo uma solução, fujo deles como o diabo foge da cruz. Pode me chamar de covarde, devo ser mesmo.
Sabem a Elinor da série Mundo de Tinta? Bom, eu sei como ela se sente em relação a tudo, se o Stephen King não for o meu futuro, provavelmente ela o será - mesmo que eu não tenha nem um décimo do talento do King, claro. Talvez por culpa do Bullying que eu sofria na escola eu tenha ficado desse jeito, com medo de amizades e tudo o mais, sempre preferi a companhia de um livro.
Tá, tá, tá, eu amo meus amigos. Muito. Perguntem a eles, com certeza todos confirmam que eu sou uma chata carinhosa demais ou qualquer coisa assim, mas meu amor pelos livros é... É quase obsessivo. Incondicional na verdade. É meu sinal de fogo, meu porto seguro. Uma alavanca de escape.
E eu sou feliz assim, sabe? Quero dizer, lendo pelo menos três ou quatro livros por semana, pesquisando, escrevendo, discutindo com outros leitores viciados, quase amputando a mão por causa da tendinite. Gosto disso, tenho orgulho.
Então, eu já disse que quero ser escritora?