domingo, 8 de agosto de 2010

Take a breath, count to three and get ready!

Sinceramente, eu preciso - e quero! - fazer isso, não por eles, por elas, por qualquer outra razão que não seja por mim mesma, para que eu e tão somente eu tenha a certeza de que mudei, de que cresci. Não em tamanho ou corpo ou aparência, mas em personalidade, sabe? Quero não deixar de ser quem eu sou, mas ser o melhor que posso ser.
Porque dói como doem facadas e tapas e chutes ouvir as pessoas sussurrarem sobre o quanto você está em pedacinhos e acabada e triste e fraca e frágil e morrendo, porque dói saber que no fundo você está morrendo de verdade, mas está lutando com garras e dentes para continuar. Porque dói saber que os outros não sabem quem é você, dói não ter mudado após tanta tempestade.
~*~

Então eu respiro fundo e tento não pensar nos gritos de pavor do meu cabelo. É, Brance de Neve, é agora ou nunca. Você vai mesmo fazer isso? Vou, ah, eu vou...! É, eu vou tingir o cabelo. De ruivo.
Para mostrar para todo mundo que as lágrimas secaram com o calor do vermelho, que a garota se encolhendo em um canto se levantou, jogou os cachos para trás e entrou na pista de dança, que ela saiu nadando na tempestade e sobreviveu, mesmo que meio tonta e afogada. Sacou?
É só que eu estou cansada de ficar levando tapa na cara, de saie sonhando acordada e levar um balde de água fria, pense no meu futuro cabelo ruivo como um símbolo, tipo quando aquelas mulheres lá nos EUA queimaram os sutiãs.
Não que eu seja tão radical assim - tá, talvez eu seja. Só preciso de alguma coisa física para me apegar, para sair mostrando para todo mundo como se fosse uma evolução Pokémon ou qualquer coisa assim. Sei lá.
Não. Não estou copiando a Samanta Simon, personagem criada por Meg Cabot, estou...Sei lá, um pouco de feminista radical, emo em desespero, alternativa querendo mudança e uma garota meio vaidosa que eu nem sabia que eu era.
~*~
Ai, cacete, respira fundo.

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