Ainda sinto. Sinto tanto orgulho de cada palavra que li na vida que até deixo me chamarem de metida. Não faz mal, talvez ler seja a única coisa que eu faço direito, já que o Tom disse que meu macarrão parece aqueles elásticos para tirar sangue [pausa: Eu já disse o quanto eu odeio tirar sangue?!]. Gosto de ler. Gosto muito, muito, muito de ler.
É o jeito que eu encontrei de fugir da realidade. Pense o que quiser, sei que não sou alienada. Pelo menos, não muito. É só que... são tantos problemas. Não me importa se são problemas de adolescente, que são mais drama e exagero do que de fato uma complicação, problemas são problemas e enquanto eu não arranjo uma solução, fujo deles como o diabo foge da cruz. Pode me chamar de covarde, devo ser mesmo.
Sabem a Elinor da série Mundo de Tinta? Bom, eu sei como ela se sente em relação a tudo, se o Stephen King não for o meu futuro, provavelmente ela o será - mesmo que eu não tenha nem um décimo do talento do King, claro. Talvez por culpa do Bullying que eu sofria na escola eu tenha ficado desse jeito, com medo de amizades e tudo o mais, sempre preferi a companhia de um livro.
Tá, tá, tá, eu amo meus amigos. Muito. Perguntem a eles, com certeza todos confirmam que eu sou uma chata carinhosa demais ou qualquer coisa assim, mas meu amor pelos livros é... É quase obsessivo. Incondicional na verdade. É meu sinal de fogo, meu porto seguro. Uma alavanca de escape.
E eu sou feliz assim, sabe? Quero dizer, lendo pelo menos três ou quatro livros por semana, pesquisando, escrevendo, discutindo com outros leitores viciados, quase amputando a mão por causa da tendinite. Gosto disso, tenho orgulho.
Então, eu já disse que quero ser escritora?
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