quarta-feira, 7 de abril de 2010

Änderung


Eu estava aqui pensando com meus botões inexistentes - já que agora estou usando meu pijama de bonequinhas chinesas e bocudas - em como muitas vezes as pessoas tem a impressão errada sobre mim. Claro, é minha culpa por ser tão sociável quanto o Batman, mas acho que só agora, depois do meu aniversário eu notei que isso me incomodava, mesmo que só um pouquinho. (Uma picadinha de mosquito, não de abelha.)
Talvez - apenas talvez - a culpa seja do meu aniversário. Sempre me perguntam como me sinto com minha nova idade, mesmo que eu só a tenha por míseros cinco minutinhos. (Que se dane, meu amado professor, se podemos fazer muita coisa em cinco minutos!) E sempre, sempre respondo com ar de sábio chinês que é a mesma coisa, nadinha mudou, ainda sou a mesma de minutos atrás. No máximo, sorrio meu melhor sorriso e digo: "Legal!" - 'Legal' é meu pretinho básico, cai bem em todas as ocasiões.
Porém, esse ano, usando meu pijama de chinesas seguidoras da Angelina Jolie, descubro que estou mudada. Mesmo que apenas eu tenha notado, mesmo que seja delírio meu, mesmo que...Qualquer coisa. Eu sinto que mudei bem lá no fundo, no porão desarrumado da minha alma meio estranha. E, agora, esforço-me para mostrar para o mundo que eu mudei, para melhor, acredito eu. Começando por aqui, pelo blog, onde eu escrevo mais sobre amizade do que sobre qualquer outra coisa. Talvez por eu mesma prezar a amizade e a lealdade mais do que deveria. Então, aqui está. Um novo blog, talvez uma nova autora nem tão mudada assim, apenas meio surtada. Um blog menos centrado e mais bagunçado, mais revoltado, mais engraçado, mias dramático e exagerado. E graças aos céus, menos gótico. Estava gótico demais, até para mim. Não que eu seja gótica, apenas prefiro manter distância das coisas do mundo das fadas. (Já não disse que prefiro duendes?)
Aqui vamos nós, com um caminho de pedras cercado por rosas vermelhas nos guiando e um céu azul acima de nossas cabeças insanas, vamos até a toca do Coelho Branco, acho que fui lá que perdi minha sanidade, não quero recuperá-la, apenas sinto um pouco de saudade de colocar os pés descalços na terra molhada.

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